A renovação do Poder Legislativo nas
últimas eleições, em percentual considerável (próximo de 60%), provoca a
curiosidade dos líderes comunitários de primeiro mandato, sobre o verdadeiro
papel do vereador.
Inicia-se a 4ª Caravana da Inclusão,
Acessibilidade e Cidadania, que percorre 10 regiões administrativas, começando
por Bebedouro (13ª Região administrativa), no dia 22 de março.
Por trás do fenômeno da grande procura
dos administradores públicos e dos vereadores pelos temas abordados pela Uvesp,
está a mudança de consciência das lideranças públicas do Estado de São Paulo.
O papel do vereador ganha caráter mais
social na medida em que os cidadãos, revestidos do voto, passaram a cobrar de
maneira mais incisiva as atitudes do homem público, rastreados, ainda, pelos
escândalos na política nacional nos últimos tempos.
E esse papel social que se espera do
homem público, leva a Uvesp e a Secretaria dos Direitos da Pessoa com
Deficiência a discutir o papel do município na vida de 9 milhões de pessoas com
deficiência e mobilidade reduzida que vivem nas 645 cidades paulistas.
Por viver o cotidiano da cidade, estar
em contato diário com seus concidadãos, que têm suas famílias integradas à
qualidade de vida municipal, o vereador passa a assumir o papel de agente do
desenvolvimento local. E isso se faz centrando suas atenções no desenvolvimento
social.
São grandes os desafios que se
apresentam à nossa frente para resolver a vida das pessoas que têm no Poder
Legislativo o último reduto para onde ele leva suas aflições e necessidades.
Inclui-se aí as pessoas com deficiência que, em pesquisa encomendada pela Uvesp
junto à PMKT Mídia e HPM Herrmann Pesquisa & Marketing, demonstra sua
insatisfação com as políticas públicas municipais, com a falta de segurança nas
calçadas, no transporte coletivo, no turismo acessível e na Educação Inclusiva,
onde às vezes, são tratados como “pessoas doentes”.
Para facilitar a vida do legislador os
organizadores da caravana criaram uma cartilha com leis que tornam a cidade
acessível. É preciso apenas apresentar em plenário, discutir e convencer o
chefe do executivo a implantar.
Renovamos nessa caravana a discussão de
temas propostos por essas pessoas, envolvendo professores, promotores públicos,
motivadores e especialistas ligados à acessibilidade.
A participação do vereador transforma a
Câmara em estuário da vontade popular. O interesse do prefeito coloca-o entre
os líderes políticos do futuro que caminham em busca de novas práticas e novas
instituições.
Em verdade, nossos deveres são mais que
obrigações. São privilégios. No modo contínuo, desde o berço dos fundamentos da
democracia da Grécia Antiga, o Poder Legislativo evolui e passa à etapa de
confluir suas atitudes e pensamentos aos interesses da coletividade.
O vereador, mais do que fazer leis e
encaminhar reivindicações ao Executivo, deve aprender a ser o ouvidor do povo,
o procurador do cidadão, o defensor dos direitos humanos.
Só assim ele vai se tornar um
referencial ético, expectativa que o povo alimenta desde o dia em que ele
conferiu seu voto de confiança nas urnas.
Sejam todos bem vindos à Caravana, onde
se situa um farto material de inserção da vida pública na dimensão social que o
cidadão sonha.
Sonhando todos juntos, como dizia D.
Helder Câmara, estaremos caminhando para a realidade sonhada.
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