Levantamento
da Trevisan aponta que clubes tiveram prejuízo de R$ 3,88 milhões na
temporada 2013 do Campeonato Brasileiro séries A e B
O
mau comportamento de alguns torcedores têm causado transtornos para os
clubes, que com a perda de mando de jogos acabam jogando longe do seu
estádios e impactando negativamente suas finanças. Levantamento
realizado pela Trevisan Gestãdo do Esporte mensura o tamanho do prejuízo
que isso tem acarretado aos times.
O
levantamento analisa o impacto das punições nos campeonatos brasileiros
da série A e B em 2013 para Palmeiras, Corinthians, Vasco da Gama e São
Paulo. Juntos, os times perderam R$ 3,88 milhões. A análise utiliza
como base de cálculo a média de público e renda dos jogos disputados em
“casa”, para projetar as arrecadações dos clubes se todos as partidas,
com mando de campo, tivessem sido disputadas em seus estádios habituais.
“Esse
montante se amplia se considerarmos que nas partidas com punição o
valor dos ingressos foram reduzidos, e somarmos a isso as perdas com
outros itens do dia de jogo, como alimentos e bebidas, compras de
produtos, visitas, etc.”, aponta o pesquisador Gabriel Leiva. “Nas
brigas envolvendo torcedores, os clubes foram os grandes, e talvez os
únicos, de fato, punidos”, avalia.
Entre
os quatro clubes analisados no estudo, o Corinthians foi o mais
prejudicado. Com cinco jogos de punição no Campeonato Brasileira da
Série A, registrou prejuízo total de R$ 1,795 milhão, cerca de 16% de
perdas. Nos 14 jogos que disputou no estádio do Pacaembu, na capital
paulista, obteve média de público de 27.979 pagantes, volume que caiu
48% nos jogos com punição, que tiveram que ser realizados em outros
estádios, chegando a uma média de 14.535 pagantes. A receita líquida por
partida em seu estádio habitual foi de R$ 599 mil, contra R$ 240 mil
nas realizadas fora, uma perda de 60%.
O
segundo no ranking de prejuízos é o Palmeiras, que no ano passado
disputou a Série B do Campeonato Brasileiro. O alviverde teve seis jogos
de punição, amargando um dano de R$ 1,070 milhão, ou seja, cerca de 15%
de perdas. Tanto a média de público quanto a de receita registraram
queda de 47% nas partidas realizadas fora de casa. O número de pagantes
caiu de 18.303 para 9.625. A receita por jogo passou de R$ 373,3 mil
para R$ 196,9 mil.
Pela
série A, foram analisados ainda Vasco da Gama e São Paulo. O primeiro
registrou prejuízo de R$ 664,4 mil (19%) e o segundo de R$ 350,8 mil
(9%).
O
carioca Vasco da Gama cumpriu quatro jogos de punição. Nas 15 partidas
com mando preservado, a média de público foi de 23.854 pagantes, contra
8.212 nos jogos com punição, queda de 66%. A baixa na arrecadação chegou
a alarmantes 90%, com a receita despencando da média de R$ 184 mil por
partida para R$ 18 mil. “O caso do Vasco é emblemático. Nas três
partidas realizadas em Macaé, com punição, o valor do ingresso foi de R$
12, contra R$ 27 praticado nos jogos sem punição”, aponta Leiva.
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