Centro Cultural Banco do Brasil
patrocina e apresenta
“MOSTRA CCBB DE HUMOR BRASILEIRO”
de setembro de 2014 a março de 2015 no CCBB – SP
EM DEZEMBRO, 14, DOMINGO:
“HISTÓRIAS DE AMOR SÃO UMA GRANDE PIADA”
•
A Mostra CCBB de Humor Brasileiro arrebenta os corações e alarga o riso,
nesta quarta edição, voltada às comédias de costumes, um gênero de filme
romântico sempre com muitas reviravoltas e desfechos inesperados, em que,
geralmente, casais são formados depois de muitos percalços. Os filmes, que
serão apresentados, partem dessa premissa e, apesar de, no imaginário popular,
as histórias de amor estarem ligadas mais ao drama e à tragédia, esta edição traz o outro lado da moeda:
o romance picaresco e a farsa. “O Casamento de Louise” mostra como as relações
sociais só podem ser quebradas pela via do humor. Já “Lisbela e o Prisioneiro”
apresenta um herói malandro da classe social baixa que, com muita esperteza,
dribla as convenções para conquistar seu verdadeiro amor. O romance, na chave
do humor, torna-se, de certa forma, anárquico e libertário.
•
Nos intervalos das duas sessões, na mesma sala em que os filmes serão
projetados, acontecerão apresentações, ao vivo, de esquetes de humor escritos especialmente para a Mostra. Eles dialogam com os dois longas-metragens
escolhidos para representar a questão da comédia e sua relação com as histórias
de amor. As atrizes Agnes Zuliani e/ou Rachel Ripani são as autoras e
protagonistas das encenações que fazem uma ligação entre os filmes e o público presente.
A quarta edição da
Mostra de Cinema sobre o humor brasileiro, apresentada pelo Centro Cultural
Banco do Brasil de São Paulo, acontece no dia 14 de dezembro, domingo, e tem
como tema “Histórias de Amor São Uma Grande Piada”. Serão exibidos dois filmes da
cinematográfica brasileira que dialogam com o tema. Entre as sessões, ao final da
primeira e antes da segunda iniciar-se, esquetes de humor serão apresentadas ao
vivo, na própria sala de exibição.
O curador Marcos Ribeiro de Moraes percebe uma intensa relação entre os
temas do humor e o amor nos filmes “O Casamento de Louise” , de Betse de Paula,
uma típica comédia de costumes, e “Lisbela e o Prisioneiro”, um romance
picaresco, aquele no qual um herói de classe baixa fura o bloqueio das classes sociais
através de sua malandragem. “Dezembro é o mês das comédias românticas, no
sentido mais amplo do termo, das comédias de costumes, ‘screwball comedies’ (as
chamadas comédias amalucadas), nas quais o humor surge no embate entre os
sexos, os gêneros, os embates de costumes e culturas distintas, classes sociais”.
Para ele, o humor permite inversões e subversões de papeis sociais: “De
forma genérica, pode-se falar da comédia romântica como uma possibilidade da
mulher virar, de sexo frágil, o sexo forte, a mais inteligente, a personagem
que é ‘lead’, que contrasta com o chauvinismo do macho. Outra vertente é a
contestação ou quebra de tradições estabelecidas, como o amor bandido ou o
suposto noivo da mulher rica e culta apaixonar-se pela empregada doméstica. De
situações como essas, que saem do lugar comum tedioso das relações amorosas, é
que surgem os espaços de subversão construídos via linguagem humorística”.
A escolha de “O Casamento de Louise" da Betse de Paula, para
Moraes, é porque o filme “trabalha bem as situações de comédia de erros, de
desencontros, de expectativas amorosas, quando o suposto pretendente de uma
musicista consagrada, interpretada pela Sílvia Buarque, convidado para um almoço
em sua casa, acaba por se encantar e se apaixonar pela espontaneidade e
sensualidade da empregada doméstica, vivida pela sempre deliciosa Dira Paes. O
filme brinca o tempo todo com as questões de espelhamento e oposições entre a
musicista e a empregada.
Já “Lisbela e o Prisioneiro”, segundo a curadoria, “virou um clássico da comédia romântica da cinematografia brasileira contemporânea, dirigida por Guel Arraes, com elenco estelar, em que todos os personagens populares da tradição cultural nordestina estão presentes: o galã sedutor e malandro; a mocinha ‘teoricamente’ ingênua que sonha em se casar com o príncipe encantado; a mulher casada que trai o marido; a figura do corno, icônica no imaginário pernambucano. Enfim, um mosaico farsesco – porém, não caricato - das aventuras e peripécias desse casal que tem que passar por poucas e boas para ficarem juntos. Por meio desses acontecimentos, o malandro se apaixona e a mocinha deixa de agir de modo tão passivo para lutar pelo seu amor”.
A química entre humor e amor é poderosa. “Amor junto com humor faz com
que a aventura a dois mantenha-se sempre fresca e renovada, já que o humor
permite a inclusão de tudo que frustra, que pode dar errado, que não é a regra
numa relação e, assim, abrir novas possibilidades de laços afetivos”, explica
Moraes.
Entre as sessões, esquetes bem-humoradas, que dialogam com os filmes
exibidos, com duração de 10 a 12 minutos cada um, serão apresentados pelas
atrizes Agnes Zuliani, uma das precursoras do “Terça Insana”, e Rachel Ripani,
que escreve e atua em performances de humor e musicais.
Cada filme é acompanhado de uma performance diferente. Após a primeira sessão,
que será exibido “O Casamento de Louise”, os espectadores são convidados a
permanecer na sala de cinema depois dos créditos, enquanto as atrizes – em
atuação solo ou em dupla – interagem com o público, fazendo comentários e encenando
situações que fazem relações com o que foi visto na tela. Depois, antes de
iniciar a sessão de “Lisbela e o Prisioneiro”, com todos já dentro da sala,
outra esquete originalmente escrita para a Mostra será apresentada.
FILMES E DIRETORES
“O Casamento de Louise” (2000) é um filme dirigido por Betse de Paula, ambientado
em Brasília. É uma típica comédia de costumes com os elementos do acaso e do
imprevisto rodando o filme o tempo todo. Para conquistar o maestro sueco
Helstrom (Mark Hopkins), Louise (Sílvia Buarque), que é uma violinista da
Orquestra Sinfônica, resolve fazer um almoço para seduzi-lo. O que ela não
espera é que o maestro acabará se apaixonando por Luzia (Dira Paes), empregada
de Louise. Para dar mais tempero ao imbróglio, chegam para o almoço, de
surpresa, o ex-marido de Luzia, Bugre (Marcos Palmeira), jogador de futebol, e
o ex de Louise, Flávio (Murilo Grossi), que trabalha em um cargo importante no
Banco Central.
“Lisbela e o Prisioneiro” (2003), de Guel Arraes, é baseada na peça de
teatro homônima de Osman Lins. É uma comédia ao estilo picaresco que Leléu
(Selton Mello), um herói malandro chega à cidade que vive Lisbela (Débora
Falabella) e se encanta com a filha do severo chefe de polícia local Tenente
Guedes (André Mattos). Ela, que é apaixonada por galãs de filmes americanos,
também se apaixona por Leléu, apesar de estar com o casamento marcado com
Douglas (Bruno Garcia). O que ela não sabe é que Leléu está sendo caçado pelo
matador Frederico Evandro (Marco Nanini) por ter tido um caso com sua mulher
(Virginia Cavendish).
MOSTRA CCBB DE HUMOR BRASILEIRO
Durante sete meses (a partir de setembro) – serão exibidos dois filmes
nacionais calcados em algum tema ou subgênero relacionado ao humor. A
experiência será sempre enriquecida com esquetes bem-humorados, encenados ao
vivo pelas atrizes Agnes Zuliani e Rachel Ripani, ambas com trajetória
significativa na cena teatral contemporânea paulistana. Acompanhe a programação
mensal do CCBB para conhecer a seleção da mostra para cada mês.
Serviço:
O que: Mostra CCBB de Humor Brasileiro: “HISTÓRIAS DE AMOR SÃO UMA GRANDE PIADA”.
Patrocínio: Banco do Brasil.
Produção: convergênciacultural.
Curadoria: Marcos Ribeiro de Moraes.
Quando: dia 14 de dezembro, domingo.
Quanto: entre R$ 2,00 (meia/exibição
em DVD) e R$ 4 (inteira).
Onde: Cinema do CCBB SP (70 lugares).
(Obs:
10% dos ingressos são gratuitos, reservados para população de baixa renda).
Horários:
14h – “O
Casamento de Louise” seguido por esquete protagonizado por Agnes Zuliani e/ou
Rachel Ripani.
Classificação indicativa: Livre.
16h30 – Esquete protagonizado por Agnes Zuliani e/ou Rachel Ripani seguido da
exibição de “Lisbela e o Prisioneiro”.
Classificação indicativa: Livre.
Centro Cultural Banco do Brasil de São
Paulo
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro. São Paulo.
(11) 3113-3651/3652
Informações:
Outras informações:
Acesso e facilidades para pessoas com deficiência // Ar-condicionado //
Cafeteria Cafezal
Estacionamento conveniado: Estapar Estacionamentos - Rua da Consolação,
228 (Edifício Zarvos). Valor: R$ 15 pelo período de 5 horas. Necessário validar
o ticket na bilheteria do CCBB.
Transporte gratuito até as proximidades do CCBB – embarque e desembarque
na Rua da Consolação, 228 (Edifício Zarvos) e na Rua XV de Novembro, esquina
com a Rua da Quitanda, a vinte metros da entrada do CCBB.
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